05-06-2021

Comunicado do Conselho de Administração

Pré-Aviso de Greve apresentado pelo SFRCI para o período de 6 a 8 de junho de 2021

Apelo aos trabalhadores num período particularmente difícil da empresa e do país

No seguimento do pré-aviso de greve apresentado pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), cumpre esclarecer, que não obstante o respeito que lhe merece este Sindicato e as demais Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT), o Conselho de Administração considera que não assiste qualquer razão para a referida greve, entendendo que a mesma é desproporcional, injusta e inoportuna.

Nos últimos dois anos, a CP tem feito um esforço enorme para revitalizar o setor ferroviário nacional, quer seja na oferta de novos serviços, quer na recuperação de material circulante. Aliás, o material circulante recuperado permitiu eliminar as sucessivas supressões e aumentar a oferta comercial.

A par de todo esse esforço, a situação pandémica afetou a CP, causando uma redução drástica no número de passageiros e gerou quebras na receita superiores a 90% por longos períodos do ano. Mesmo assim, e ao contrário do que aconteceu noutras empresas do setor dos transportes, a CP não dispensou um único trabalhador, não recorreu ao layoff, nem deixou de cumprir as suas obrigações.

Se apesar de todas as adversidades provocadas pela pandemia, a CP conseguiu garantir o transporte dos portugueses, isso deve-se ao esforço e ao mérito dos seus trabalhadores. Por isso, se os passageiros terão dificuldade em compreender esta greve, estamos certos de que muitos trabalhadores da empresa terão ainda mais dificuldade em a entender, sabendo que a CP tem mantido diálogo, aberto e permanente, não só com este Sindicato, como também com as demais ORT.

Finalmente, estando o país ainda a combater uma pandemia, tendo em conta a profunda crise económica por ela gerada, esta greve é de todo incompreensível.

Por isso, o Conselho de Administração da CP apela ao profissionalismo dos trabalhadores e de todas as ORT, para que seja possível manter o diálogo num ambiente de paz social, essenciais não só à recuperação da empresa, mas também para os milhões de passageiros da CP.