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Na sequência da nota de imprensa divulgada pela Comissão de Trabalhadores da CP - Comboios de Portugal, no passado dia 8 de outubro, vimos expressar a nossa surpresa e repúdio pelas declarações feitas sobre o Passe Ferroviário Verde, em particular pelas considerações que sugerem que esta iniciativa pode ter um impacto negativo significativo nas finanças da empresa.
Primeiramente, não compreendemos em que se baseia a Comissão de Trabalhadores para fazer tais afirmações. O valor de 18,9 milhões de euros mencionado foi rigorosamente calculado pelos serviços comerciais e financeiros da CP, que trabalharam de forma dedicada para desenvolver este novo passe, de acordo com os melhores padrões de análise e planeamento. É inadmissível que a Comissão de Trabalhadores se permita vir a público desrespeitar e pôr em causa a competência e o profissionalismo dos trabalhadores, passando um atestado de incompetência a todos os que se dedicaram a este projeto com empenho e rigor.
Reconhecemos, como sempre o fizemos, que a CP necessita de mais material circulante, motivo pelo qual estamos a realizar a maior aquisição de comboios da história da empresa. Contudo, a Comissão de Trabalhadores parece ignorar um dado crucial: a disponibilidade de material circulante é hoje significativamente maior do que há três anos, graças ao esforço e à dedicação dos trabalhadores das oficinas, que têm reparado e devolvido à rede dezenas de carruagens e locomotivas. É esse esforço diário, daqueles que a Comissão de Trabalhadores tenta desvalorizar, que permitiu à CP atingir o maior número de passageiros dos últimos 25 anos.
A missão da CP, enquanto operador de transporte público nacional, é promover a mobilidade sustentável e a coesão territorial. Com a implementação do Passe Ferroviário Verde, estamos a reforçar o nosso compromisso com a mobilidade verde, incentivando cada vez mais cidadãos a optar pelo transporte ferroviário. O impacto ambiental positivo deste esforço beneficia todo o país e contribui para um futuro mais sustentável. Além disso, queremos sublinhar que a CP será compensada pelo Estado para prestar este serviço, garantindo que esta medida não compromete a sustentabilidade financeira da empresa.
Repudiamos veementemente as declarações da Comissão de Trabalhadores, que carecem de fundamento e revelam um desconhecimento profundo sobre as contas e operações da CP. As afirmações proferidas, ao tentarem descredibilizar a implementação do Passe Ferroviário Verde, não só desconsideram o trabalho de inúmeros colegas, como também passam uma imagem infundada de falta de profissionalismo e responsabilidade desta Administração.
Não podemos aceitar que a Comissão de Trabalhadores distorça a realidade e questione a integridade dos nossos trabalhadores e da Administração, comprometendo a imagem pública e a missão da CP, que é promover um transporte público de qualidade, acessível e sustentável para todos os cidadãos.
Pedro Moreira
Presidente do Conselho de Administração da CP - Comboios de Portugal